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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

SECA Em um ano, nível de reservatórios cai 37,5% no Ceará

Das 12 bacias hidrográficas do Estado, dez perderam volume em um ano. Representantes dos comitês de bacias cobram mais do Estado.

Os níveis dos reservatórios cearenses estão 37,5% mais baixos na comparação com o mesmo período do ano passado. O percentual considera o volume armazenado nas 12 bacias hidrográficas do Estado. Os representantes dos comitês que deliberam sobre a gerência das águas estiveram reunidos ontem, em Fortaleza, para tratar das demandas e criticidades de cada região. 

Das 12 bacias, no período, dez sofreram perdas e duas receberam aporte (Sertão de Crateús e Litoral) — ainda que insuficiente para sustentar um possível sexto ano consecutivo de seca.

Preocupados em garantir prioritariamente o abastecimento humano, os representantes dos comitês aproveitaram o momento para requerer do Estado investimentos mais intensos na perfuração de poços e na construção de adutoras.

“Ninguém está nem mais discutindo qualidade de água mas, pelo menos, ter pro uso doméstico. Água pra beber as pessoas estão comprando”, resumiu o coordenador-geral do Fórum Cearense dos Comitês de Bacias Hidrográficas, Alcides Duarte.

Em relação aos investimentos, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) adiantou que cidades como Boa Viagem e Pedra Branca, ambas abastecidas pela Bacia de Banabuiú, no Sertão Central do Ceará, já estão ganhando reforço. Em Boa Viagem, conforme o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, foram perfurados poços e instalados chafarizes. O mesmo deve acontecer em Pedra Branca. 

A justificativa dada por João Lúcio para as ações nos municípios é que, além de a bacia do Banabuiú estar com somente 2,47% da capacidade, ali “é uma das regiões onde choveu menos (em 2016) e tem mais dificuldade de encontrar água subterrânea”.

Presidente do comitê da Bacia de Banabuiú, Hilmar Sérgio reforçou que os 13 municípios que compõem a bacia estão quase todos em situação “muito difícil”. E disse que os moradores são críticos à forma como Fortaleza é tratada na gestão das águas. “Eles entendem que a gente luta muito, mas que a Capital continua numa situação tranquila, como se nada estivesse acontecendo”. 

NINGUÉM ESTÁ NEM MAIS DISCUTINDO QUALIDADE DE ÁGUA MAS, PELO MENOS, TER PRO USO DOMÉSTICO”

Alcides Duarte, coordenador-geral do Fórum Cearense dos Comitês de Bacias Hidrográficas.

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